O trabalho remoto que não te deixa respirar
No trabalho remoto, a única transformação digital que interessa é transformar sua saúde mental em carne moída e seu trabalho em nissin-miojo.
No trabalho remoto, a única transformação digital que interessa é transformar sua saúde mental em carne moída e seu trabalho em nissin-miojo.
A maioria das pessoas da minha geração queria morar sozinha para ter liberdade. Eu queria morar sozinho para comer pizza e hambúrguer todo dia. E coca-cola. Litros de coca-cola. Talvez a conta metabólica chegue aos 50, talvez amanhã ou talvez quando sair o resultado da próxima endoscopia, que pelos meus cálculos será a décima-quinta. A conta pode chegar parcelada, mas também pode chegar de uma vez só, me atropelando feito uma Scania desgovernada, passando por cima de tudo igual a uma jamanta sem freio.
Fico mais tranquilo sabendo que outros seres humanos não estão me reconhecendo e vão pensar duas vezes antes de perguntar “que oração” no meio da rua. Mas veja você, podemos também inverter essa lógica. Descobri que as máscaras de bichinhos são uma maravilha para ser bem atendido nos lugares, sem precisar conversar e sem precisar demonstrar simpatia.
O transtorno histriônico dos americanos elimina a Coronavac da lista das vacinas que salvam milhões de vidas na luta contra a Covid19. E a gente nem merecia aqui no Brasil.
Tenho ouvido falar muito em novo normal, supostamente uma realidade diferente que há de surgir após a pandemia de Covid-19. Não faço ideia qual será a diferença, mas no meu novo normal eu só queria que as mulheres bonitas parassem de me chamar de senhor.
Quando o Estado pede que as pessoas fiquem em quarentena por causa da Covid-19, esse mesmo Estado espera que a sociedade acredite nas evidências científicas e confie na palavra do governo. Como você espera que as pessoas atendam a um pedido que vem justamente de onde a gente menos leva a sério?