As Terezas de Kundera
A morte de Milan Kundera me trouxe à memória o quanto ele detestou a adaptação americana de ‘A Insustentável Leveza de Ser’, filme de 1988 baseado em seu livro de 1984.
A morte de Milan Kundera me trouxe à memória o quanto ele detestou a adaptação americana de ‘A Insustentável Leveza de Ser’, filme de 1988 baseado em seu livro de 1984.
Quinze anos atrás, passei quase dois anos convivendo e compartilhando com tanta gente da Ucrânia, Rússia e todo o Leste Europeu. Isso não me faz especialista em geopolítica, muito menos avalista de conflito bélico, mas infelizmente me aproxima de pessoas que passei a querer muito bem e que me ensinaram muito, mas muito mesmo.
A esposa de Satã não queria tomar café, queria tomar cerveja. Eu sabia disso, estava escrito na testa dela, mas acima daquela testa maravilhosa de pele de veludo também tinha uma placa imaginária em neon violeta luminoso me dizendo: é cilada, bino.
Os seguranças da universidade sempre me achavam, pontualmente às 22h00, geralmente cochilando no sofá. Quando começaram a me chamar pelo nome, desconfiei se estava dormindo demais na biblioteca. Até o dia em que uma criatura do mal, talvez uma psicopata soviética, ou a verdadeira esposa de Satã, resolveu me acordar para penhorar minha alma com café.
Da minha primeira incursão na capital da Romênia, nada me chamou mais atenção do que a quantidade de cachorros enormes e peludos pelas ruas de Bucareste. Pareciam ursos domésticos dentro de uma coleira fininha.
O vovô boxeador que jogava pôquer bateu as botas. Eu já devia ter desconfiado, talvez por causa da demora em responder aos e-mails sobre minha provável visita para mais um churrasco de salsicha. Éramos apenas quatro, às vezes cinco. E ele sempre contava como aprendeu a jogar durante a Guerra da Coréia nos anos 50.
— Eu gostava de irritar o André José Adler dizendo que era fã dele e que me sentia um privilegiado por dividir várias garrafas de Tokaj e pratos de Goulash […]
Em uma ruazinha escura na parte alta de Budapeste, encontrei uma taberna belga onde, quase sempre, eu parecia ser o único cliente disposto a voltar. De todos os colegas que levei, […]
Paulo Rebêlo The Budapest Sun – 13.junho.2007 link original After almost one year living in Budapest, if someone asks me to make a list of what I have learned or […]
Paulo RebêloThe Budapest Sun – 09.maio.2007 – link original Excessive bureaucracy is part of eastern Europe folklore. You will always find yourself in a situation when a bureaucrat is behind […]